Planejar é preciso
Você provavelmente já passou por alguma situação de improviso. Aquela prova inesperada, aquela apresentação de trabalho deixada para última hora, aquela festa em que faltou cadeiras para todos os convidados. Se você se deu bem, é porque, convenhamos, contou bastante com a sorte, não é mesmo? Mas será que sempre podemos contar com ela?
Bom, nem na vida pessoal, nem na vida institucional dá sempre para contar com a sorte. A saída é planejar. Planejar sempre, constantemente. E na saúde não é diferente.
“O planejamento é um mediador entre o conhecimento e a ação”. (CAMPOS; FARIA; SANTOS, 2010)
Bom, nem na vida pessoal, nem na vida institucional dá sempre para contar com a sorte.A saída é planejar. esmerar-se consideravelmente em prol da resolução de problemas. No entanto, se não tiver antes a compreensão da realidade complexa de atuação, provavelmente terá suas chances de sucesso significativamente minimizadas. Traduzindo, a equipe deve refletir sobre as ações e levar em conta os prós e contras de cada ato para alcançar objetivos.
Mas como planejar? Eis a questão.
Carlos Matus, ministro de planejamento do presidente Allende, no Chile, na década de 1970, idealizou uma ferramenta poderosíssima de planejamento voltada para o âmbito socioeconômico, o Planejamento Estratégico Situacional (PES).
Adaptado para a área da saúde, o PES consiste em analisar de forma contínua, a realidade complexa, com problemas interpretados de variadas formas.
Organizado em momentos, objetiva-se, inicialmente, realizar o diagnóstico situacional de um determinado território. Isso equivale a compreender o perfil de planejamento, ou seja, a dinâmica do território, sua população, os equipamentos sociais e seus problemas.
Uma vez identificados, os problemas são elencados em prioridades, estudados criticamente, buscados seus nós críticos, subsidiando então a elaboração do plano de intervenção. Acompanhe o fluxograma abaixo para entender resumidamente o PES:
O grande diferencial do PES é a permissividade do diálogo entre os diferentes atores sociais e a constante revisão dos planos de ação, num processo dinâmico, visando constantemente a busca dos objetivos traçados.
Interessado no assunto? No próximo post conversaremos mais sobre Diagnóstico Situacional, o que é, como fazê-lo e como aplicá-lo no dia-a-dia.
Médico de Família e Comunidade (MFC). Médico concursado pela Prefeitura de Belo Horizonte, atuando como Médico de Família e Comunidade do Centro de Saúde Dom Cabral com Residência no Hospital Metropolitano Odilon Behrens. Preceptor do Programa de Residência de Medicina de Família e Comunidade do Hospital Metropolitano Odilon Behrens. Professor substituto da disciplina Práticas na Comunidade I da PUC Betim. Capacitação em Preceptoria de Residência Médica pelo PROADI SUS/Hospital Alemão Oswaldo Cruz (2017). Mestrando em Saúde da Família e Comunidade.
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